sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Cristãos Alucinados
Por estes dias estive fazendo uma dessas viagens coletivas forçadas, falando de modo que todos entendam. Fui a um destino de ônibus num horário de pico. Sendo comprimido por todos os lados e também comprimindo; o negócio ficou legal quando encontrei um velho primo e começamos a conversar sobre determinados estereótipos de cristãos. Aqui irei chamá-los de "cristãos alucinados".
Entenda-se o termo como "aquelas pessoas que buscam viver em uma atmosfera espiritual que seres telúricos não conseguem alcançar, isentando-se das responsabilidades sociais, intelectuais e eclesiais. São pessoas que por não entenderem o real propósito do cristianismo atribuem suas responsabilidades a outros, muitas vezes com uma boa intenção, como fez Pedro no monte da transfiguração pedindo a Jesus que alí pudessem ficar, se esquecendo que era lá em baixo que o cristianismo cumpriria seu papel e se concretizaria tornando-se libertação, salvação e cura na vida de outros.
São cristãos que atribuem sua condição social e econômica à Deus, afirmando estarem enfrentando provações quando na verdade estão sendo negligentes e relapsos não fazendo diligência por uma condição melhor.
São cristãos que afirmam que se tudo pode se cumprir, não há necessidades de esforços e dedicação, basta apenas uma palavra, afinal estas palavras têm poder.
São cristãos que vêem à Deus como um gênio da lâmpada, precisando a todo tempo ser esfregado (lembrado) das promessas que fez, insistem em tantos "por quês" que não conseguem buscar alternativas para os seus problemas, isto porque não enfrentam problemas, se questionados dizem: "Somos cabeças e não cauda". Reivindicam os melhores carros, as melhores casas, as melhores roupas, afinal, são filhos do Rei.
Sendo assim, acredito que naquele ônibus não havia nenhum destes cristãos alucinados, pois filhos do rei só andam de carruagem!
Graça e Paz!
por Fábio Barbosa
coluna Papo Legal
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