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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Juntando Tesouros

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."



Ao ouvir a história de muitos irmãos perseguidos por Cristo, é impossível não se questionar: Onde estou juntando meus tesouros? A história da Igreja Perseguida, não importa sua época, é marcada por fugas, dores, prisões, perdas. Enquanto a história da Igreja livre atualmente tem como característica principal a busca pelos tesouros. 

E por tesouros, quero dizer muitas coisas. Quantos tem entrado nas igrejas hoje buscando suprir suas dores pessoais, querendo encontrar cura, vão atrás de um alívio para carga que carregam. Nossas igrejas livres, estão lotadas de pessoas buscando afago para si mesmas, querendo encontrar em Deus apenas uma forma de solucionar seus problemas. 

Quando voltamos o olhar para a Igreja Perseguida, encontramos pessoas que sofrem por amor a Cristo, e que sabem que a escolha de servir a Ele significa uma vida terrena de sofrimentos. É uma igreja cheia de pessoas preocupadas em espalhar o nome de Cristo sobre a face da terra. Preocupada em adorar ao único que é Rei dos reis. Uma igreja que não se preocupa com o que Ele pode dar, mas que AMA o que Ele É.

O irmão Wei, que vive no sudeste asiático contou sua história a um dos colaboradores do Portas Abertas. Ele disse que por amor a Cristo foi preso 13 vezes. As autoridades queriam arrancar dele uma confissão de que ele havia abandonado sua fé. Ele nunca cedeu. Na última vez que esteve preso, foi levado para a prisão mais famosa do país, onde serviam arroz misturado com areia para atormentar os prisioneiros.

Dentro da prisão, Wei foi torturado diversas vezes. O objetivo era fazer ele assinar uma declaração negando a Cristo. Ele nunca assinou. Ele foi agredido, torturado, humilhado, e até seus companheiros de cela zombavam dele. Quando o pesadelo da última prisão terminou, ele voltou ao seu vilarejo. Lá descobriu que não tinha mais permissão para continuar vivendo naquele lugar.

Seus filhos não poderiam mais estudar na escola local, e não haveria mais trabalho para ele. Não havia como permanecer no vilarejo e toda família foi obrigada a se mudar, e recomeçar do zero suas vidas em um novo lugar. O colaborador da Portas Abertas ficou comovido e perguntou como ele havia suportado tamanha provação. Wei respondeu assim: "Eu não confio no que meus olhos podem ver. Coloco minha confiança no Eterno, o Senhor Jesus." 

Wei tem juntado tesouros no céu, sem se importar com o que Deus pode lhe dar nessa terra. Que possamos nos inspirar em exemplos como dele, e fazer da nossa vida uma busca pelo que viveremos no céu.

A Igreja Perseguida
Nemayda Furtado

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