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quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Vendedor de Palavras

Fábio Reynol

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, "indigência lexical".
 
Comerciante de tino que era não perdeu tempo em ter uma ideia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs.
 
Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia:
"Histriônico — apenas R$ 0,50!".
 
Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse.
 
— O que o senhor está vendendo?
 
— Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta centavos como diz a placa.
 
— O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.
 
— O senhor sabe o significado de histriônico?
 
— Não.
 
— Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas de que elas não precisem.
 
— Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.
 
— O senhor tem dicionário em casa?
 
— Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.
 
— O senhor estava indo à biblioteca?
 
— Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.
 
— Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!
 
— Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?
 
— Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.
 
— O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?
 
— O senhor conhece Nélida Piñon?
 
— Não.
 
— É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.
 
— E por que o senhor não vende livros?
 
— Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.
 
— E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem barriga.
 
— A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se tivermos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei
mil pensamentos novos em um ano de trabalho.
 
— O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...
 
— Jactância.
 
— Pegar um livro velho...
 
— Alfarrábio.
 
— O senhor me interrompe!
 
— Profaço.
 
— Está me enrolando, não é?
 
— Tergiversando.
 
— Quanta lenga-lenga...
 
— Ambages.
 
— Ambages?
 
— Pode ser também evasivas.
 
— Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!
 
— Pusilânime.
 
— O senhor é engraçadinho, não?
 
Finalmente chegamos: histriônico!
 
— Adeus.
 
— Ei! Vai embora sem pagar?
 
— Tome seus cinqüenta centavos.
 
— São três reais e cinqüenta.
 
— Como é?
 
— Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor. Só histriônico estava na promoção, mas como o senhor se mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.
 
— Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?
 
— É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?
 
— Tem troco para cinco?

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Jorge Alberto Vitor

Por: Diego Souza

Coluna: Papo Legal.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

ÓTIMA QUINTA - FEIRA !


Recados Grandes - Recados e Imagens (6731)


Jorge Alberto Vitor

Por: Diego Souza

Coluna: Papo Legal.



Ore primeiro, ore sempre...





Um dos nossos líderes da igreja brasileira me ensinou algo sobre a importância da oração. Ele encontrou Cristo durante uma estadia de um ano em um centro de reabilitação de drogas. Sua terapia incluía três reuniões de oração de uma hora por dia. Não era necessário que os pacientes orassem, mas era necessário que eles frequentassem as reuniões de oração. Dúzias de viciados em drogas em recuperação passavam sessenta minutos ininterruptos ajoelhados.
Eu expressei surpresa e confessei que as minhas orações eram curtas e formais. Ele me convidou (desafiou?) a encontrá-lo para orar. Eu o fiz no dia seguinte. Nós nos ajoelhamos no chão de concreto do auditório da nossa pequena igreja e começamos a falar com Deus. Mude isso. Eu falei; ele gritou, chorou, implorou, elogiou e argumentou. Ele bateu com suas mãos fechadas no chão, balançou a mão fechada em direção ao céu, confessou e reconfessou cada pecado. Ele recitou cada promessa da Bíblia como se Deus precisasse de um lembrete. Ele orou como Moisés.
Quando Deus decidiu destruir os israelitas por causa do bezerro de ouro, “Moisés suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: ‘Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou’… Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo’” (Êxodo 32:11-13).
Moisés no Monte Sinai não está calmo e quieto, com as mãos unidas e uma expressão serena. Em um minuto ele está sobre seu rosto e no minuto seguinte está diante de Deus. Ele está ajoelhado, apontando seu dedo, levantando suas mãos. Derramando lágrimas. Rasgando seu manto. Lutando como Jacó em Jaboque pelas vidas do seu povo. E Deus o ouviu! “E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo” (Êxodo 32:14).
Nossas orações impetuosas mexem com o coração de Deus. “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5:16). A oração não muda a natureza de Deus; quem ele é nunca será alterado. A oração, entretanto, impacta o correr da história. Deus conectou o mundo com força, mas ele nos convida a ligar o interruptor.
A maioria de nós luta com a oração. Nós nos esquecemos de orar e, quando lembramos, oramos com pressa e com palavras vazias. Nossas mentes se desviam; nossos pensamentos se dispersam como uma ninhada de codornizes. Por que isto? A oração requer um esforço mínimo. Nenhum local é determinado. Nenhuma roupa específica é necessária. Nenhum título ou cargo é estipulado. Mesmo assim você acharia que estamos lutando com um porco engraxado.
Falando em porcos, Satanás procura interromper as nossas orações. Nossa batalha com a oração não é inteiramente nossa culpa. O diabo conhece as histórias; ele testemunhou o anjo na cela de Pedro e a restauração em Jerusalém. Ele sabe o que acontece quando oramos. “As armas com as quais lutamos são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Coríntios 10:4).
Satanás não fica preocupado quando o Max escreve livros ou prepara sermões, mas seus joelhos salientes tremem quando o Max ora. Satanás não gagueja ou tropeça quando você atravessa as portas da igreja ou participa das reuniões ministeriais. Os demônios não se agitam quando você lê este livro. Mas as paredes do inferno se abalam quando uma pessoa com um coração sincero e uma confissão fiel diz, “Ah, Deus, grandioso és tu”.
Satanás nos afasta da oração. Ele tenta se posicionar entre nós e Deus. Mas ele corre como um cachorro assustado quando nós avançamos. Então vamos.
Vamos orar, primeiro. Viajando para ajudar os famintos? Certifique-se de banhar a sua missão em oração. Trabalhando para desatar os nós da injustiça? Ore. Cansado de um mundo de racismo e divisão? Deus também. E ele amaria falar com você sobre isso.
Vamos orar, sempre. Deus nos chamou para pregar sem cessar? Ou ensinar sem cessar? Ou ter reuniões ministeriais sem cessar? Ou cantar sem cessar? Não, mas ele nos chamou para “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17).
Jesus declarou: Minha casa será chamada casa de estudo? Comunhão? Música? Uma casa de exposição? Uma casa de atividades? Não, mas ele disse, “Minha casa será chamada casa de oração” (Marcos 11:17).
Nenhuma outra atividade espiritual garante tais resultados. “Se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus” (Mateus 18:19). Ele é movido pelo coração humilde e devoto.
“Continuem firmes na oração, sempre alertas ao orarem e dando graças a Deus. Orem também por nós a fim de que Deus nos dê uma boa oportunidade para anunciar a sua mensagem, que trata do segredo de Cristo” (Colossenses 4:2-3 NTLH).
Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o senhor criou tudo o que existe e mantém funcionando pela sua infinita sabedoria e poder ilimitado. Mesmo assim me convida a chegar até o senhor em oração, audaciosamente e com a expectativa de que o senhor me ouvirá e me responderá. Ensine-me, Senhor, a tirar o máximo proveito deste privilégio incrível, especialmente quanto a alcançar os outros com seu amor. Dê-me afeição por aqueles que ainda precisam experimentar a plenitude da sua graça e incite-me a orar por eles e por seu bem-estar, tanto neste mundo como na eternidade. Senhor, leve-me para a linha de frente desta batalha. Em nome de Jesus eu oro, amém.

Jorge Alberto Vitor

Por: Diego Souza

Coluna: Papo Legal.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A Benção de ter "AMIGOS"...



1. Amigos são valiosos, uma das maiores bênçãos que um homem pode ter.
Amigos às vezes podem estar mais perto uns dos outros do que aqueles a quem eles estão relacionados por laços de sangue (família física).
2. O que a Bíblia tem a dizer sobre os amigos?
I. Escolhendo amigos.
A. Devemos buscar genuínos, amigos verdadeiros, em vez de “bons tempos” amigos. “As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre o seu próprio amigo o deixa” Provérbios 19:4.
B. Devemos estar cientes que os nossos amigos têm influência sobre nós. “Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído” Provérbios 13:20.
C. Devemos buscar amigos que nos fará pessoas melhores. “Como o ferro com o ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo” Provérbios 27:17.
D. Devemos evitar aqueles que terão uma influência negativa sobre o nosso caráter. “Não faças amizade com um homem iracundo, nem andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas veredas e tomes um laço para a tua alma” Provérbios 22:24-25.
II. Produzindo amigos.
A. As amizades devem ser de natureza recíproca. “O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão” Provérbios 18:24.
B. Não faça uma “praga” de si mesmo. “Retira o pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça” Provérbios 25:17.
C. Desenvolver uma atitude de perdão em relação aos outros. “O que encobre uma transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos” Provérbios 17:9.
D. Ajudar os outros nos momentos de necessidade. “Em todo o tempo ama o amigo; e na angustia nasce o irmão” Provérbios 17:17.
III. Preservando as amizades.
A. Não faça fofocas sobre seus amigos. “O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos” Provérbios 16:28.
B. Não trair a confiança do seu amigo. “A confiança em um homem desleal em tempo de angústia é como um dente quebrado e um pé deslocado” Provérbios 25:19.
C. Evite conduta ofensiva. “Como o louco que solta faíscas, flechas, e morte, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira” Provérbios 26:18-19.
D. Não se envolver em assuntos financeiros do seu amigo. “Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho, enredaste-te com as palavras da tua boca, prendeste-te com as palavras da tua boca” Provérbios 6:1-2.
Conclusão:
1. Quando as amizades são devidamente escolhidas, produzidas e preservadas, amigos pode ser uma das mais valiosas de todas as bênçãos que um homem pode ter.

Jorge Alberto Vitor

Por: Diego Souza

Coluna: Papo Legal.